sábado, 7 de maio de 2011

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Não compreendo a temporalidade da vida e nem sua dimensão transcedental. Busco fortemente, adequar minha dimensão humana no turbilhão de sentimentos e expectativas que tenho diante de nossa existência. Sempre estou na corda bamba entre o
constante e o inconstante, pois pra mim só a partir dessa dualidade posso me transformar ,e melhor dizendo, transpor a mim mesma. Dispo-me dos rótulos, pois não pretendo ser aquela a ser discriminada ou catalogada por sem quem sou. Não quero estereótipos ou classificações, quero ser absorvida naturalmente pelo exalar dos meus sentimentos e atitudes que por oras ou outras agradaram ou não.Preciso ser um impasse, uma dualidade para assim conquistar o equilibro.

By Anabelly Brederodes

"... o monstruoso não é que homens tenham criado rosas com este monte de esterco, mas que, por uma ou outra razão, tenha desejado rosas. Por uma ou outra razão o homem procura o milagre e, para realizá-lo, chafurda no sangue. Corrompe-se com idéias, reduz-se a uma sombra, se por um único segundo de sua vida fecha os olhos à hediondez da realidade. Tudo se suporta, desgraça, humilhação, pobreza, guerra, crime, ennui – na crença de que, da noite para o dia, algo acontecerá, um milagre, que tornará a vida tolerável. E durante todo o tempo um mediador está correndo lá dentro e não há mão que possa alcançá-lo lá e fazê-lo parar. Durante todo o tempo alguém está comendo o pão da vida e bebendo o vinho, algum padre sujo e gordo como uma barata que se esconde na adega para emborcá-lo, enquanto lá em cima, na luz da rua, uma hóstia fantástica toca os lábios, e o sangue é pálido como a águia. E do interminável tormento e miséria, nenhum milagre surge, nenhum vestígio microscópico sequer de alívio. Só idéias, pálidas, e atenuadas idéias que precisam ser engordadas por carnificina; idéias que saem como bílis, como as entranhas de um porco quando se abre a carcaça."(Henry Miller- trópico de câncer)

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