terça-feira, 23 de agosto de 2011

sem saco pra escrever títulos idiotas para textos medíocres...

Sempre me questionei de que forma as teorias apreendidas nos últimos anos nas ciências sociais afetaram minha vida drasticamente. Seja na vida profissional, como nas minhas relações afetivas, eu não poderia ser mais aquela "ingênua" menina dos meus 12 anos. Os amores românticos do José de Alencar foram destruídos pelos livros da Simone de Beauvoir que me diziam como era desigual a socialização feminina e os papéis desempenhados por homens e mulheres no decorrer da história humana. Minha construção psicológica como ser feminino foi restruturado e modificado dolorosamente nesses anos. Passei a contestar meu seio familiar, como meus relacionamentos com os amigos(as) e namorado. Por que eu deveria está sempre submetida ao juízo de valor de outrem? por que meus sentimentos e atitudes sempre eram enquadrados na moral estabelecida de fora a mim? por que ,diabos, quando eu tentei mediar minha visão de mundo com outras visões de mundo, eu nunca fui respeitada? Reconheço minha predisposição a grosseria e impaciência, mas reconheço minha capacidade de entender a alteridade. Deve ter algo mais opressor em minha volta que me enquadra nesse emaranhado de sentimentos atordoantes...só pode ter sido a sociologia e a antropologia a me desnaturalizar e me propor novas dimensões de realidade. Só podia ser Nietzsche, os existencialistas e aqueles filhos da puta modernos e pós-modernos a me colocarem na solidão de existir.

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