quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Speake for me"

Eu canto meus lamentos através da percepção silenciosa. Vou tateando minhas entranhas pra fazer uma sangria   das minhas paranoias existenciais. Procuro me conter nos acontecimentos presentes e no sentir do pulsar do meu coração resplandecendo coisas boas pra mim e para os outros. Tento me reinventar a  cada dia como se minha morte estivesse próxima...até que chego a conclusão...que eu morro a cada minuto, me transformo a cada segundo...Tenho medo do desconhecido de mim, da realidade por trás das máscaras do mundo. Como uma forma de protesto contra os "insensíveis", dou minha cara a tapa e sangro o quanto for preciso para demonstrar que posso alcançar a realidade a partir das minhas experiências subjetivas com meu eu e com o entorno. Calo minhas agonias de ser, porque se tornou clichê demonstrar ter profundidade de espírito. Você se torna a menininha desajustada e entediante...Pensando bem até que seria interessante ser enquadrada nesses arquétipos.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Está na hora de dar xau..."

Sabe aquele medo de se decepcionar com as pessoas? amigos?namorado?familiares? Nesses tempos por conta de algumas coisas eu revejo meus passos e sinto o quanto eu sou idiota por me importar tanto...vou mandar um fodasse pra essas mazelas e vou a praia amanhã  com os veio \o/

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"eu tenho pressa porque a dor pode voltar"

Existem circunstâncias em nossas vidas que nos encaminham para a retomada de nós mesmos. Tentamos apagar o passado como se ele não pertencesse ao presente de quem somos, mas na verdade ele está lá pra ser descoberto e entendido. Chafurdar o que fui está sendo essencial para trilhar novas metas e jogar no lixo um amontoado de sentimentos infantis. Contemplar o mundo dentro de si é aterrorizante e ao mesmo tempo gratificante porque no meio das trevas sempre há aqueles pontos luminosos que potencialmente podem se propagar dentro do seu ser. O silêncio naqueles instantes de introspecção se propaga e acalma toda agonia de ser. O vazio e esse silêncio se torna a realidade palpável dentro de mim...nada mais existe a não ser a ideia do não-eu. Minhas partículas  tentam se dissipar naquele universo de trevas e luz. Essa é a verdadeira realidade...essa que não poder ser sentida pela razão e mensurada através de aparatos conceituais mas sim tocada pela vulnerabilidade e incongruências do coração.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"O desejo, o desejo...o medo"

O que adianta chafurdar o passado incompleto, se nele só persistem as incongruências e um amontoado de mágoas? "As horas guardam algo nos espaços do contra tempo"...e vou me indo com o pesar no coração e mil quilos de medo nas costas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tarde de verão

Educamos nossas crianças não para a descoberta de si mesmas mas para a descoberta de si a partir da mediação com os objetos e as pessoas ao seu redor. Nunca o eu é enfocado. O interior se torna um borrão e passa a ser tão desconhecido quanto um estrangeiro em outro país. As experiências vão passando mas não conseguem exaurir a realidade presente a cada minuto que se vive. Ainda bem que tive minha avó e os livros. A primeira sentava comigo no quintal e me fazia perceber o quanto a lua, as estrelas e o ambiente em volta era componentes essenciais pra me tornar uma pessoa integra, pois eu só podia conhecer a mim se eu tivesse capacidade suficiente de sentir a efemeridade do mundo. O segundo me colocou no caos pois a cada palavra havia sentimentos desconhecidos e que passei aos poucos a me apropriar e sentir as coisas de acordo com minha experiência sinestésica com eles. Tenho pena das lindas crianças que poderiam cultivar pra sempre esses olhinhos infantis diante do mundo. Queria muito ainda possuir a ingenuidade de seus corações e andar pelo mundo com os poros abertos sem nenhuma dor ou ferida. Vou pro lado de lá, pegar na mão do meu doce priminho e ver MARIA FUJONA e JOÃO a voarem por ai...

"Canibais de nós mesmos,por que a gente é assim?"

Existem dias sem explicação...você só acorda e a felicidade está ali instalada no peito com todo aroma dos lírios do campo. A alegria não vem porque você achou o amor da sua vida, ou ganhou aquele presente esperado mas sim por ter encontrado no meio de suas entranhas um lugar tão bonito pra sobreviver. Insistimos em chafurdar nosso íntimo e torná-lo tão desprezível só pelo nosso bel prazer. Ah...não quero ser mais aquela a ter pena de si mesma....quero me embrenhar no meu caos e colher as rosas,flores,frutas,amores e até mesmo os dissabores e ser feliz.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Se despede da sua dor, diz adeus a sua alegria..."

Não esperava ter que beber todos os venenos e esquecer do meu orgulho em prol das minhas cicatrizes. Cortando as feridas da maneira sutil, como se a cada gota de sangue estivesse por destilar um aroma que brota da maturidade e como se a cada instante estivesse um mistério pela qual meu olhar patético e infantil nunca tenha me alertado. Sinto-me como um bicho ferido....como se minha confiança e "passionalidade" pelos seres me levassem a armadilhas que ferissem minha alma de uma forma extremamente dolorida. Preciso me desviar da pulsão descontrolada que acaba com meus dias e me transformam em algo irreconhecível. Medo do próximo minuto, medo da próxima decepção...!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"Nosso amor a gente inventa..."

Quando éramos meninas passeamos no mundo como se tudo fosse um faz de conta no qual a tristeza maior seria não passar no final do ano, ou não ir ao cinema no final de semana. Agora...tudo se complicou e a dor no peito torna-se dilacerante e incompreendida. O nevoeiro de lágrimas vão trazendo á tona a maturidade com toda a sua face cruel e desenfreada. Não sabemos nos colocar no mundo porque ele se torna nebuloso como nosso próprio "eu". Embora tudo se torne incongruente(no primeiro momento) como uma pintura surrealista, nos aponhamos no amor construído a "frio,ferro, fogo, em carne viva" durante anos de convivência e isso está sendo nosso alicerce. Sei bem minhas meninas, do amor que trazemos no peito e o quão bonito ele é...esperemos com paciência a calmaria e enquanto isso vamos nos banhar nesse universo(paralelo) de carinho que criamos com nossa felicidade e gargalhadas. Amo vocês...sempre! 



Compartilho com você todos os seus sentimentos:
"Não me permito ser triste, não nasci pra isso. Quando a tristeza chega, abro uma lata de leite moça, faço um brigadeiro daqueles, digo até que melhor do que qualquer antidepressivo. Afinal de contas não deveria existir depressão num mundo que existe chocolate. Claro que não é nenhuma mágica, mas diga se não alivia! Alivia a dor do peito, a vontade de chorar loucamente como se o mundo fosse acabar daqui a dois minutos e você nunca tivesse sido feliz. Aquela agonia terrível que chega de repente e invade a alma de um jeito que você acha que aquilo nunca vai parar. É só uma fase, vai passar, sei que vai. E é acreditando nisso que eu sigo forçando minha alma a só absorver coisas boas da vida. Chega aquela hora que me dá vontade de abraçar alguém, mas não tem ninguém por perto, até tem, mas só desconhecidos. Sendo assim, penso nas pessoas que me amam e estão sempre que podem ao meu redor, respiro fundo e sigo. Sigo porque a vida não para. A vida é bela e é muito maior que tudo isso."
By Rafaela Freitas

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

introdução a loucura

A única realidade vislumbrada é a efemeridade do acaso que se prosta diante de nós como um tornado a destruir todas as verdades inventadas. Tentamos possuir os instantes, mas eles são tão fugidios como o eu construído pelos caprichos adquiridos na experiência. Apesar de ser complacente com a racionalidade e entender muito pouco sobre a razão discutida permanentemente por filósofos,poetas e pintores, sempre me foi caro ficar imune as emoções e sentimentos. A razão e a sensibilidade como uma dualidade se mostrava sem sentido, porque para mim os dois são complementares. Tudo parece sem sentido...minhas punhetagens mentais estão a acabar comigo e tornando as coisas mais complicadas do que são. :~

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"Sob seus pés o céu também rachou"

Nunca pensei que amar a si mesma seria a caminhada mais difícil de minha vida. Passei tanto tempo me julgando e apontando defeitos em mim e não percebe os sentimentos tão bonitos presentes no meu âmago. Sempre me voltei para os outros com os olhos tão complacentes e a mim só dei desprezo e aspereza. Precisava ser perfeita de toda forma...Cansei de colocar toda minha sensibilidade em prol de outrem que por vezes está pouco se fudendo para os meus desejos,sonhos e sentimentos. Ser forte, não é amar só os outros mas entender toda a demanda presente em minha personalidade e principalmente respeitar meus próprios limites. Os dias estão sendo muito fodas...parece que de alguma forma eu vou explodir. Tudo vai passar, tudo vai passar... *O amor não representa uma presença física mas sim a capacidade de sentir toda a sensação de carinho exaurido pelos poros de quem está a nossa volta. Sentir o mundo e a gama de possibilidades de se purificar com a destruição e renovação do universo é a verdadeira forma de amar* Anabelly Brederodes

domingo, 13 de novembro de 2011

...

São pequenos anjos a colocarem flores e alegrias no deserto construído por mim. El@s me rodeiam e por vezes choram comigo as dores banais trazidas no meu peito. O caminhar se torna mais leve e minhas feridas ,ainda em carne viva, são dosadas pelo carinho e amor dos que merecem meu afeto. Diante dessas agonias de viver passamos a descobrir toda a obscuridade presente em nós e quase alcançamos a loucura. Meu sentir não pode ser compartilhado com todos, porque ele extrapola toda a noção racional que inventamos para polda nosso olhar diante do outro. Para alguns pareço uma burra ao andar pelos relacionamentos entregando-se da maneira mais sutil e delicada, e sinceramente eles tem toda razão.

pequenas doses de solidão


"Dolorido doce tapa
Em minha face
Acordada do sono
Com sonhos perigosos
Um presente
Melhor que alguém
Poderia me dar"
"É que o prazer
Tem o custo da dor

As mesmas que semeiam
Arrancam, vezes sem desculpa
Toda hora é hora,
O tempo não te pertence
Voar muito alto
Implica saber cair
Pois há um custo

É que o prazer
Tem o custo da dor

é hora de acordar..."

No silêncio eu não ouço meus gritos



ela era uma menina que acreditava em sonhos, noites festivas e beijos de amor

Escultura da Camile Claudel, THE WALTZ. Ela tem uma história linda e trágica com o escultor
Rodin.
my dear, don't leave me now close at the edge of my end all this time you have been my friend don't go, stay for a while my dear, you're losing me now this will be my last hour hear my voice, see my face see how sick i am how i long for your embrace

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

esse ano pode acabar...ta foda :~


"O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo, já não dão proteção
A Líbia é bombardeada, a libido e o ví­rus
O poder, o pudor, os lábios e o batom
Há espaço pra todos, há um imenso vazio
Nesse espelho quebrado por alguém que partiu
A noite cai de alturas impossí­veis
E quebra o silencio e parte o coração
Há um muro de concreto entre nossos lábios
Há um muro de Berlim dentro de mim
Tudo se divide, todos se separam
Duas Alemanhas, duas Coreias
Tudo se divide, todos se separam
Que a chuva caia
Como uma luva
Um diluvio
Um delírio
Que a chuva traga
Alivio imediato
Que a noite caia
De repente caia
Tão demente
Quanto um raio
Que a noite traga
Ali­vio imediato"
Engenheiros

terça-feira, 8 de novembro de 2011

o ponto, o contra ponto...

Tateei em vão ,entre as estrelas,  um brilho que pudesse  cegar e me completar. Foi um engano pensar na vida como um mero acaso das circunstâncias apresentadas no caminho ou como se tudo tivesse um destino pre-escrito. Não sabia eu, na minha vã insanidade, da importância de minha personalidade, intuição nas escolhas que tomava. Antes, tudo se prostrava diante de mim e eu ia passando o rolo compressor de minhas angústias sem pensar nas consequências de minhas ações. Era a menina louca bailando no meio de caos de si mesmo. Agora dou gargalhadas sombrias do meu presente e trato com escárnio certas coisas vividas. Não consegue deter essa pulsão cética e fria que estava adormecida. Passei a colocar na peneira muitos sentimentos; joguei muitas coisas no lixo como uma forma de me proteger e passei a dar valor a sentimentos puros e verdadeiros.


"desde quando errar é humano?
?desde quando humano é normal?
?desde quando errando é que se aprende?
?desde quando poluição é progresso?
?desde quando progresso é melhor?
acho melhor começar tudo de novo
do que acabar pela primeira vez
?desde quando?
?até quando?
você insiste em dizer
que enxerga na escuridão
você insiste em dizer
que controla a situação
não minta agora, agora não
?desde quando viver é um sonho?
?desde quando um sonho é preciso?
eu preciso do que eu quero
eu espero que você me dê
?desde quando ordem e progresso
nos levarão a algum lugar?
nem tudo que brilha é ouro
nem todo ouro pode nos salvar
?desde quando?
?até quando?
você insiste em dizer
que enxerga na escuridão
você insiste em dizer
que controla a situação
não minta agora, agora não
?desde quando poesia é verdade?
?desde quando verdade vicia?
eu tô esperando que você me diga
desd'aquele dia
rock'n'roll não é o que se pensa
o que se pensa não é o que se faz
o que se faz só faz sentido
quando vivemos em paz
?desde quando?
?até quando?
você insiste em dizer
que resiste à tentação
não minta agora, agora não"
Engenheiros

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Novembers Doom - What Could Have Been


"We'll never know what could have been
As we try to understand this
We miss so much, what we never knew
As we carry on without you
When the rain begins to fall
We protect pure innocence
Empty arms, we're changed forever
When two hearts break together

Deeper scars then any wound could be
Cold is the way, and it will never leave
The great healer, was our deceiver
It's hard to close my eyes in the dark

We'll never know what could have been
As we try to understand this
We miss so much, what we never knew
As we carry on without you
When the rain begins to fall
We protect pure innocence
Empty arms, we're changed forever
When two hearts break together"

Uma das músicas e bandas mais fodas que descobre esse ano.

domingo, 23 de outubro de 2011

Não me espere porque não volto logo

Tudo é incompreensível. O mundo escapa aos meus sentidos a cada instante que existo. Os filósofos empiristas estão totalmente errados ao dizer que podemos apreender o mundo a partir de nossos sentidos. Tudo escapa...A ciência e seus conceitos limitam toda a existência humana, como da natureza. Não quero meu ser diminuído por esses códigos ocidentais. Quero descobrir as coisas como se minha mente fosse uma tábula rasa. Sinto-me mutilada. Minha educação imprimiu seus símbolos tão fundos em minha alma que agora em diante não posso ser outra pessoa a não ser isso aqui....

Para dias alegres e estranhos: A lesson in violence do EXODUS!!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"When white turns to black... I believe in you"

Passar o dia em casa, literalmente de bunda pro ar, como se eu não tivesse mil páginas pra ler e uma pesquisa por fazer. Os minutos passaram bem devagar e cada instante do ócio percorreu docemente por meu poros e alma. Coloquei a cat power, johnny cash, Nin, Tristania e o Therion pra me embalar naquelas melodias tão preciosas. As músicas e os livros são minha cura pro caos dos dias. Não conseguiria existir sem a presença mágica de palavras pra me acalentar e um som pra me elevar ao mais profundo de mim.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Free

Escrever, mal ou bem, é a melhor maneira de conhecer a si mesma e se desvencilhar dos problemas. É como se os instantes tomassem uma forma milimetricamente ordenada em palavras e sentimentos. As cores, os sons e a textura do mundo parecem palpáveis quando colocamos o sentir no papel. Podem ser palavras soltas e sem sentido mas sempre vão está expressando o pulsar das horas/momentos percorridos pelo meu corpo e mente no mundo. Vivenciar cada instante como se o próximo minuto tudo fosse explodir em alegria ou tristeza. Queria muito viajar, desprender de minhas origens e ir em contro da minha reflexividade diante do diferente. Saudades, ENORMES, dos momentos em curitiba. Saudade das vidas espontâneas encontradas nos meus poucos dias naquela cidade linda e calma. Caminhar, caminhar,caminhar sem medo de se perder porque o único refúgio no final, vai ser eu , meus destroços e um papel.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

"Down in a hole, feeling so small"


A noite vai ser carregada por tons melancólicos da penumbra, café, chocolate, romance impressionista, Kafka, antropologia e Alice in Chains. Pulando de um momento ao outro, reconstruo os dias passados e os que estão por vir como se isso fosse a única maneira de me salvar do turbilhão dos meus pensamentos e da dor incessante do meu ser. Vou aceitando o acaso das minhas escolhas de braços abertos e coração na mão. Não procuro eternizar os instantes porque não vou me machucar com palavras e sentimentos pueris. Controlar o instinto de destruição a partir da criação de dias banhados com cores alegres e festivas. Deixar o branco e preto e emergir no vermelho de meu sangue. Sangue? só me lembra vida,amor,ódio,paixão...sentimentos tão intensos como esses transpassados dentro de mim.
Para finalizar o post dramático, tal como a autora que o escreve, indico um longa metragem do Jim Jarmush , Sobre café e Cigarros".Quem não o conhece, vale conferir outros trabalhos dele,como o Dead Man contracenado pelo Johnny Depp.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Nine Inch Nails [NIN] - Something I Can Never Have (Traduzido) (2002)


sempre correndo para os braços da velha infância...

Pequenas solidões

Não sei por que ainda ecoa sua voz imponente em meus pensamentos...não sei como me desvencilhar da culpa que você criou em mim, só pelo seu bel prazer. Tudo se torna dolorido quando eu relembro  um dia que você fitou meus olhos e disse ,"Gosto assim, de te ver introspectiva, triste e imersa em seus livros". A minha alegria não era importante para sua personalidade sádica. Ele nunca entendeu minha noção de liberdade feminina ou mesmo minha capacidade de tornar o politicamente correto ao avesso. Ainda dói, dói muito entender como eu me enfiei numa relação destrutiva e fudida. Os momentos bons vem na lembrança mas são destruídos pelo gosto amargo das humilhações e mágoas deixadas. Eu respeitei tanto as opiniões alheias e esquece do meu verdadeiro eu. Foda-se, quero essa merda toda fora de minha cabeça...

Para tornar a minha construção mais calma, me ponho a ler Kafka. O livro Cartas ao Pai é emocionante pela forma com que o autor disseca o seu eu, entendendo como sua personalidade está ligada com as imposições do ser paterno em sua vida. Todos os seus sentimentos , por assim dizer, seriam mediados pelas heranças dessa educação ditatorial de seu pai. O medo e a culpa seriam elementos centrais para Kafka na doutrinação do seu ser. Conhecer a si mesmo perpassa por essas descobertas, pois bem voltemos a ler os dramas kafkianos.
"Quando eu começava a fazer alguma coisa que não te agradava e tu me ameaçavas com o fracasso, então o respeito pela tua opinião era tão grande que com ele o fracasso era inevitável, mesmo que só ocorresse em uma época posterior. Perdi a confiança nos meus próprios atos. Tornei-me instável,indeciso. Quanto mais velho ficava, tanto maior era o material que tu podias levantar como prova da minha falta de valor, aos poucos passaste a ter, de certa maneira, razão de fato. Mais uma vez, guardo-me de afirmar que só por causa de ti me tornei assim; tu apenas reforçaste o que já existia, mas tu o reforçaste tanto porque diante de mim tu eras muito poderoso e aplicaste nisso todo o teu poder."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"Sofrer,para ele, o contemplativo,constituía o único meio de viver intensamente..."

Tentando adequar-me a liberdade de existir, ponho a ler os livros da Clarice Lispector, afim de enervar a alma. Sei bem o quanto para alguns parece clichê falar dela dessa forma tão íntima e como se o sentir só fosse possível sendo dotado de uns bocados de boas  leituras e musicalidade. No entanto, minha aproximação com essa autora se deu nos meados dos meus 15 anos e vai perdurar pelo resto da minha vida, não por uma forma de auto-promoção nas discussões pseudo-intelectuais mas como uma forma de encontrar-me no desconhecido dos dias. Hoje li um conto, "Obsessão", eu já tinha o lido alguns anos atrás quando eu estava imersa em uma relação bastante conflituosa e que naquele momento aquelas palavras não faziam sentindo. Agora, já com a finitude do relacionamento volto ao livro por um acaso e encontro todos os jogos sentimentais que um dia existiram naquelas páginas...ah, o encontro de si mesma na voz de um outro, vivenciado por um outro que não existe e nunca viveu de certo aqueles momentos mas que mesmo assim existe no plano das idéias. A mágoa, a obsessão, a imaturidade, tudo,tudo estava presente ali...!

domingo, 2 de outubro de 2011

"Eu não sou a única a olhar o céu"

Eu perco os passos e pinto meus rastros do modo como as coisas vão se apresentando no meio do caminho. As horas e a esperança vão me empurrando no decorrer dos dias. O sangue que transborda das  minhas feridas colocam um tom romântico\trágico em minha existência mas mesmo assim continuo caminhando. Aceito meus erros e me perdoo todos os dias por tê-los cometidos. Consigo seguir,assim...aos passos lentos e descobrindo-me a cada instante.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Seus diabos e seus deuses.Todos os vivos e os mortos. E você,realmente, está sozinho?"

Não seria estranho me machucar tanto ao tentar me desprender da materialidade da existência ,se a todo vão momento preciso eternizar os instantes que se findam. Nada possui a fluidez das horas, tudo parece não ter fim porque fui "criada" para me dogmatizar através das instituições...A anacronia do meu cérebro e coração não seguem o mesmo ritmo alienante do passar dos segundos...É o segundo, o milésimo do segundo que me espera do outro lado da porta e me coage a sangrar todos os dias ,recriando a cada instante uma imagem borrada do meu verdadeiro eu.

Hurt - Johnny Cash (Legendado)


Para dias nublados e sentimentos cinzas, escolho o Johhny Cash (por sinal dispensa comentários) para começar esse longo dia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lições budistas(1)


A primeira das Quatro Nobres Verdades é conhecida como a Verdade do Sofrimento. [...]
À primeira vista, pode parecer bem depressivo. Ao ouvir ou ler sobre isso muitas pessoas acabam desconsiderando o budismo como algo indevidamente pessimista. “Ah, esses budistas estão sempre reclamando que a vida é miserável. A única maneira de ser feliz é renunciar ao mundo e partir para alguma montanha, meditando o dia todo. Que tédio! Não sou miserável. Minha vida é maravilhosa!”.
É importante, antes de tudo, notar que os ensinamentos budistas não dizem que, para encontrar verdadeira liberdade, as pessoas precisam abandonar suas casas, empregos, carros e qualquer posse material. Como sua história de vida demonstra, o próprio Buda tentou uma vida de extrema austeridade sem encontrar a paz que buscava.
Além disso, não há como negar que, para algumas pessoas, as circunstâncias podem se juntar por um tempo de tal modo que parece impossível uma vida melhor. Já encontrei muitas pessoas que pareciam bem satisfeitas com suas vidas. Se perguntasse como estão, elas responderiam: “Bem!” ou “Ótimo!”. Até, obviamente, ficarem doentes, perderem o emprego ou seus filhos chegarem na adolescência e, de repente, se transformarem de seres afetuosos e alegres em impacientes estranhos mal-humorados que não querem mais nada com os pais.
Então, se eu perguntar como vão as coisas, a resposta muda um pouco: “Estou bem, tirando o fato de que…” ou “Tudo está ótimo, mas…”.
Essa é, talvez, a mensagem essencial da Primeira Nobre Verdade: a vida costuma interromper as coisas, causando mesmo entre os mais contentes surpresas momentâneas. Tais surpresas — junto com experiências mais sutis e menos perceptíveis como as dores que vêm com a velhice ou a frustração de esperar numa fila na padaria ou simplesmente chegar atrasado em um compromisso — podem ser todas compreendidas como manifestações do sofrimento.
No entanto, entendo porque essa perspectiva mais abrangente pode ser difícil de compreender. “Sofrimento”, usado nas traduções da Primeira Nobre Verdade, é um termo carregado. Quando as pessoas leem ou escutam isso tendem a pensar que só se refere a dor extrema ou angústia crônica.
Mas “dukkha”, a palavra usada nos sutras, na verdade é mais próxima de termos de uso comum no mundo moderno como “inquietação”, “mal estar”, “desconforto” e “insatisfação”. [...]
Então, enquanto o sofrimento — ou dukkha — se refere sim a condições extremas, o termo [...] é melhor compreendido como um sentimento constante de que “algo ainda não está perfeito”: que a vida seria melhor caso as circunstâncias fossem diferentes; que seríamos mais felizes se fôssemos mais jovens, magros ou ricos, se estivéssemos em um relacionamento ou então fora dele. A lista de angústias não tem fim.
Dukkha assim abraça todo o raio de condições, desde algo tão simples como uma coceira a experiências mais traumáticas como dor crônica ou doenças fatais. Talvez algum dia a palavra dukkha seja aceita em muitas culturas e línguas diferentes, do mesmo modo que a palavra sânscrita “karma”, nos dando uma compreensão mais ampla da palavra que costuma ser traduzida como “sofrimento”.
Assim como ter um médico que identifique os sintomas é o primeiro passo para tratar uma doença, compreender dukkha como a condição básica da vida é o primeiro passo para se livrar do desconforto e inquietação. Na verdade, para algumas pessoas, apenas ouvir a Primeira Nobre Verdade pode ser uma experiência libertadora em si mesma. Um antigo aluno meu recentemente admitiu que por toda sua infância e adolescência sempre se sentiu alienado de todos ao redor. Eles eram mais espertos que ele, se vestiam melhor, pareciam interagir sem qualquer esforço. Parecia que todas as outras pessoas tinham ganhado um “Manual da Felicidade” ao nascer e esqueceram de dar um a ele.
Mais tarde, quando estudou filosofia oriental na faculdade, se deparou com as Quatro Nobres Verdades, e toda sua percepção começou a mudar. Ele compreendeu que não estava sozinho em seu desconforto. Na verdade, inaptidão e alienação são experiências compartilhadas pelas pessoas há séculos. Ele pôde largar aquela triste história sobre não ter um “Manual da Felicidade” e simplesmente apenas ser exatamente como era.
Não que não houvesse trabalho a ser feito, mas pelo menos ele poderia parar de fingir que pertencia, sendo que na verdade se sentia de outro jeito. Ele pôde começar a trabalhar com seu sentimento básico de inadequação não como um estranho solitário, mas como alguém que tem um traço em comum com o restante da humanidade. Também passou a ter menos chances de ser pego desprevenido quando sentia suas maneiras particulares de sofrimento [...].
Yongey Mingyur Rinpoche (Nepal, 1975 ~)

domingo, 25 de setembro de 2011

"Em todos os tempos os grandes sábios sempre fizeram o mesmo juízo sobre a vida: ela
não vale nada... Sempre e por toda parte se escutou o mesmo tom saindo de suas bocas.
Um tom cheio de dúvidas, cheio de melancolia, cheio de cansaço da vida, um tom
plenamente contrafeito frente a ela. O próprio Sócrates disse ao morrer: ‘viver significa
estar há muito doente’ [...] O próprio Sócrates estava enfastiado da vida. O que isso
demonstra? Para onde isso aponta?” NIETZSCHE

Jesus cristo...como eu queria não ter conhecido a filosofia :~ transes existências e espirituais muito loucos :~

sábado, 24 de setembro de 2011


Eu por vezes concebia o amor, entre casais, como principal alicerce para uma existência saudável. No entanto, depois de viver esses vinte e poucos anos percebe o quanto o amor entre familiares e amigos são um dos mais belos sentimentos que podemos ter. Olho pra minha avó com sua alegria contagiante e recebo seu abraço mais caloroso.Depois encontro-me com minhas amigas e compartilhamos TANTAS coisas e ai sinto com o peito em carne viva outras formas de me dissipar no mundo, outras formas de iluminar meu ser e conquistar a felicidade. Mesmo com tantas mágoas, consigo amar as circunstâncias e pessoas que estão junto a mim. Como eu posso blasfemar contra a vida se as tenho ao meu lado? O amor entre casais é um novo jeito de se descobrir, de ser feliz e não deve ser o centro de sua vida porque você pode perder o sentido de sua existência,você pode limitar as possibilidades de sentir a si mesmo e o mundo. Agora? agora eu me encontro em meio as cores, cheiros,lembranças das pessoas e lugares que amo. Tudo vai compondo a melodia dos meus passos. Descobrir-me e ser forte eis dois objetivos principais na minha vida, nesse momento.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mumford & Sons - The Cave




A Caverna


Está vazio no vale do seu coração,
O sol se levanta devagar enquanto você caminha,
Pra longe de todos os medos
E todos os problemas que você deixou para trás.

A colheita não deixou comida para você comer,
Seu canibal, seu comedor de carne, você vê,
Mas eu tenho visto o mesmo
Eu conheço a vergonha na sua derrota

Mas eu vou me agarrar na esperança,
E eu não vou te deixar sufocar,
No laço ao redor do pescoço,
E eu vou encontrar força na dor,
E vou mudar meus caminhos,
Eu vou saber meu nome quando ele for chamado de novo.

Porque eu tenho outras coisas para preencher meu tempo,
Você pega o que é seu e eu pego o que é meu,
Agora me deixe na verdade
A qual vai refrescar minha mente quebrada.

Então me lace em um poste e bloqueie meus ouvidos,
Eu posso ver viúvas e órfãos através de lágrimas,
Eu conheço meu chamado apesar dos meus defeitos
E apesar dos meus medos crescentes.

Mas eu vou me agarrar na esperança,
E eu não vou te deixar sufocar,
No laço ao redor do pescoço,
E eu vou encontrar força na dor,
E vou mudar meus caminhos,
Eu vou saber meu nome quando ele for chamado de novo.

Então saia de sua caverna andando sobre suas mãos,
E veja o mundo pendurado de cabeça para baixo,
Você pode entender dependência
Quando você conhece as mãos do criador.

Assim faça suas sirenes gritarem,
E cante tudo que você quer,
Eu não vou ouvir o que você tem a dizer.

Porque eu preciso de liberdade agora,
E eu preciso saber como,
Viver minha vida como deve ser.

Mas eu vou me agarrar na esperança,
E eu não vou te deixar sufocar,
No laço ao redor do pescoço,
E eu vou encontrar força na dor,
E vou mudar meus caminhos,
Eu vou saber meu nome quando ele for chamado de novo.

Música linda,banda de Folk rock muito boa...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Há sempre algo de solene na mudança mesmo que aceita"

Perguntam os mais próximos porque me tornei tão contida e por vezes com a expressão triste. Conhecer a si mesmo e lutar contra os seus infernos é a resposta pra tamanha melancolia. Agora prefiro livros e a calma de Frank do que intensas e demoradas conversas. Não consigo deter-me em nenhum assunto e fico até impaciente.No entanto tudo isso é derivado da minha personalidade agoniante e decidida. Passei anos no calabouço do meu ser, trancafiada a uma existência sub-julgada pela visão de mundo de outrem. Esquece minha verdadeira identidade em prol de um destino que nem ao menos pensava em mim. Tudo girava em torno dos anseios, dificuldades, paranoias do outro e a mim só foi dada a solidão e a desconfiança. Agora consigo andar cambaleante pelas ruas, descobrindo-me as duras penas. Tudo está tomando seu rumo certo apesar de tudo. Volto pra minha felicidade contagiante já já. Amo vocês,criaturas lindas do meu caminhar.

domingo, 18 de setembro de 2011

Marisa Monte - Ainda Bem




"Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim"

Por que nesses instantes onde o mundo parece cair e as esperanças estão sendo jogadas no lixo, eu me agarro no respeito e amor das pessoas em relação a mim.

sábado, 17 de setembro de 2011

Tarde fria de sábado...

Eu gosto do acaso de nossos passos e do carinho quando você toca minhas mãos e brinca com minhas unhas. Sinto-me leve como uma pluma ao contemplar a felicidade ao seu lado. Pensei que a dor em mim nunca ia cessar e meus infernos iam me afastar do sentimento que criamos ao estarmos juntos. Somos duas crianças inventando um mundo e pintando-o de acordo com os sentimentos surgidos no nosso caminhar. Por vezes algumas lágrimas rolam na face cansada de sofrer mas somos fortes o bastante pra saber que o amanhã existe.  Tudo é dolorido mas eu tenho você pra segurar a minha mão e me abraçar quando eu estou com medo. Obrigada por transformar meu presente em um jardim mais bonito. Obrigada por sossegar minha alma e me dar esperança. O importante agora....é você e nosso presente. O futuro? aprende a duvidar dele...Agora só existe esse instante, nossas horas, nossos perfumes,nossa amizade,nosso carinho!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

eternity fellings


Nas minhas memórias mais lindas, lembro-me de uma menininha que não tinha medo de se aventurar no desconhecido. O outro ,no mundo dela, não poderia machucá-la porque ela estava tão confiante em si mesma que nenhuma natureza cortante (do outro ser) poderia arranhar sua beleza implacável. Sua doçura tinha uma força, jamais vista em um adulto. A menininha descrita, estava em uma rua que dava para o nada e por golpe do acaso fez surgir  uma galinha. Ela ao ver o bichinho não teve medo algum em chegar perto e abraçá-lo com todo carinho. Sua ação foi tão espontânea e linda que  tive vontade de chorar. Você, só você pode entender o quanto pra mim aquele momento foi belo. Apesar de me machucar várias vezes, você sabia como era importante na minha construção pessoal desbravar o mundo e ser forte. Ser forte...é a frase que ecoa muda em meu peito e só possui a imagem da menininha e sua galinha. 

domingo, 11 de setembro de 2011

Existencialista com toda razão, só faz o que manda o seu coração.."

Mamãe diz:"Minha filha cadê  sua fé em Deus? Você acredita só no que ver..." Deve ser minha critica cruel  a  existência material e espiritual ou dessa minha falta de esperança na mudança e no acaso dos dias. Acredito sim, no Deus onipotente e onipresente tal qual me ensinado na catequese.No entanto, não consigo tirar as responsabilidades das ações humanas e jogá-las aos deuses como todas as palavras ditas, como todo trajeto que construímos não fosse obra de nossas escolhas miseráveis. O amor renegado, a luz apagada de nossas mentes, a injustiça,a mágoa,a inveja,o ciúme,a posse como todos os outros sentimentos destruidores são projetados em nossa vida porque não vemos a graça presente no simples fato de existirmos como seres mutantes. A transitoriedade da vida, nos faz sangrar e aprender com esse caminhar tortuoso. A dança obscura dos nossos corações nos levará para mares antes nunca navegados, mas como disse Clarice,"ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas..".Seguimos assim, nos destroçando e remontando nossos pedaços na busca pela felicidade. Essa que advém das nossas escolhas não da graça dos deuses nas nossas vidas. Somos meticulosamente uma obra prima pincelada ao nosso bel prazer.  

domingo, 4 de setembro de 2011

Eu Preciso Aprender a Só Ser





Sabe, gente
É tanta coisa pra gente saber
O que cantar, como andar, onde ir
O que dizer, o que calar, a quem querer
Sabe, gente
É tanta coisa que eu fico sem jeito
Sou eu sozinha e esse nó no peito
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder
Sabe, gente
Eu sei que no fundo o problema é só da gente
É só do coração dizer não quando a mente
Tenta nos levar pra casa do sofrer
E quando escutar um samba-canção
Assim como "Eu preciso aprender a ser só"
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser"
* Performance de Maria Bethânia 


Imagem da pintora dos EUA, Margarita Sikorskaia, que me encantou pelas formas de suas mulheres grandes e pela leveza de ser de seus quadros. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

TUDO PASSA...

Preciso urgentemente começar o curso de meditação. Não porque quero pagar pau e dar uma de pseudo-intelectual budista, mas por acreditar na efemeridade das coisas materiais como dos meus próprios sentimentos. Faz muito tempo que ando refletindo sobre o apego substancial aos elementos da vida e como isso provoca várias frustrações. Não seria a compaixão o sentimento mais eficaz nessa busca por felicidade? por que estamos constantemente querendo ser felizes, se o mais importante é entender que o meio,o equilíbrio é a força motriz de nossa existência ? A felicidade não será encontrada as pressas, a compaixão/amor não surge de repente, temos que calmamente mediar nossos sentimentos e nosso ser, independente do lugar e dos papéis que assumimos. O verde, as paisagens e a natureza nos ajudam na busca pela iluminação, mas a força determinante para a mudança está no nosso interior. O mundo e os deuses estão dentro de nós a nos ajudar a encontrar nosso espaço no cosmo.

domingo, 28 de agosto de 2011

é contra mim que luto...

Ser feliz ao nascer do sol... porque um dia após o outro trás consigo o cheiro de esperança e de um novo amanhã com cheiro de rosas e flores do campo. Apesar das ervas daninhas, da amargura e do desespero, os amanhãs me excitam, com seu gosto de suco de laranja e pão fresquinho da padaria. O futuro e seu eterno devir me esperam de braços abertos para me proporcionarem muitas alegrias e um amontoado de tristes fins...O fim! é o ponto final que move a vida e a faz girar pro outro lado de lá...

"Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo. "
António Gedeão

sábado, 27 de agosto de 2011

Save me...

Vou me embalar nos seus braços e escutar a melodia do nossos sentimentos apaziguarem minha vida. Sua calma e paciência (louca) são os únicos elementos a colocarem a razão e carinho em meio dos meus destroços... visceralmente me apaixono pelo jeito que estamos construindo nossa relação.Só posso agradecer por estabilizar minhas agonias ao seu lado.Obrigada por aguentar TODAS as minhas crises existenciais, sem me julgar nenhuma vez :)

"Venha e me salve...
Por que você não me salva?
Se você puder, salve-me,
Deste bando de loucos,
Que suspeitam que nunca irão amar ninguém,
Exceto os loucos,
Que suspeitam que nunca irão amar ninguém.
Exceto os loucos,
Que nunca amarão ninguém."

Aimee Mann

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

overdose GOELDI...




vale mais uma figura do que um amontoado de palavras sem nexo...

Transformar o medo em pulsão pseudo-intelectual...



o passado é um quadro expressionista do OSWALDO GOELDI, contendo todas as suas deformidades,estranhamentos e sentimentos...

My feeling...

Hoje é necessário ratificar o meu amor pelos meus familiares e amigos. Os amo com todo meu corpo e alma. Estando longe, estando perto, até mesmo aqueles que não querem falar comigo por algumas mágoas acumuladas...Pode ter certeza que quando o amor é instalado, ele não sai do meu peito e perdura em minhas lembranças PRA SEMPRE. Nunca enganei ou menti ao falar de meus sentimentos ou de minhas contradições de existir. Sempre tentei ser o mais visível possível porque não tenho medo de mostrar-me...essa é minha forma de amar...essa é meu jeito de ser feliz.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ausência- Vinícius de Moraes

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces.
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada.
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

sem saco pra escrever títulos idiotas para textos medíocres...

Sempre me questionei de que forma as teorias apreendidas nos últimos anos nas ciências sociais afetaram minha vida drasticamente. Seja na vida profissional, como nas minhas relações afetivas, eu não poderia ser mais aquela "ingênua" menina dos meus 12 anos. Os amores românticos do José de Alencar foram destruídos pelos livros da Simone de Beauvoir que me diziam como era desigual a socialização feminina e os papéis desempenhados por homens e mulheres no decorrer da história humana. Minha construção psicológica como ser feminino foi restruturado e modificado dolorosamente nesses anos. Passei a contestar meu seio familiar, como meus relacionamentos com os amigos(as) e namorado. Por que eu deveria está sempre submetida ao juízo de valor de outrem? por que meus sentimentos e atitudes sempre eram enquadrados na moral estabelecida de fora a mim? por que ,diabos, quando eu tentei mediar minha visão de mundo com outras visões de mundo, eu nunca fui respeitada? Reconheço minha predisposição a grosseria e impaciência, mas reconheço minha capacidade de entender a alteridade. Deve ter algo mais opressor em minha volta que me enquadra nesse emaranhado de sentimentos atordoantes...só pode ter sido a sociologia e a antropologia a me desnaturalizar e me propor novas dimensões de realidade. Só podia ser Nietzsche, os existencialistas e aqueles filhos da puta modernos e pós-modernos a me colocarem na solidão de existir.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Todo dia que me levanto me pergunto por que eu fui escolher as ciências sociais? Essa punheta intelectual merece um tópico a parte...

domingo, 21 de agosto de 2011

Por entre esperanças e sentimentos!

Quando tudo é obscuro e tocar a si mesmo é um grande penar, coloco como apaziguadores sentimentais os livros da minha vida e as pessoas fodas que acompanham meu caminhar. Faltam palavras nesses dias cinzas porque o sentir estaria diluído nas nuvens pesadas lá do céu. As palavras esvanecem...e as mágoas criam abrigos no coração dilacerado.Tudo está disforme nessa noite sem fim. O medo toma proporções assustadoras e a felicidade não passa de um esboço. Apesar dessas trevas, acredito na destruição criadora.O destino me golpeia, mas eu sempre acredito na renovação e na ressurreição da alma. Meus valores cristãos, mesclados com alguns preceitos orientais me elevam a um estado de espírito diferente da calmaria. Preciso da destruição e da renovação para encontrar as forças presentes dentro do meu "eu". Não acredito no mero acaso e na efemeridade das relações inter-pessoais. Todos vão passar na nossa existência e arrancaram algo de nós.Para tanto, no desenrolar das horas , vamos decidir o que fazer com os sentimentos que ficaram...essa é a parte mais difícil, essa é a parte mais dolorosa no caminhar na vida. Vou superar todos os obstáculos e ser feliz como nunca fui antes.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O momento em que pulei pra fora foi o momento em que coloquei os pés no chão

Andando pelo meu blog antigo, faço questão de rememorar pensamentos passados que estão ainda presentes em meus pensamentos...POST 19/07/2010.

"Eu não posso mais segurar as suas mãos e dizer que está tudo bem. O abismo o qual você entra é inacessível para mim. Espero que você se quebre por inteiro e depois disso junte seus cacos e construa algo novo. Não serei mais aquela a buscar sua felicidade. Estou me anulando o tempo todo em prol desse sentimento alienante. Preciso me encontrar no lugar onde me deixei, ter outras perspectivas sem ser as que eu esbocei ao estar ao seu lado. Serei eu novamente, com todos os erros e acertos. Vou olhar pro sol e não verei aquela mancha escura que você pintou e espero não ter medo de amar depois de toda dor que esse sentimento está me causando.Não amo mais você, não amo mais ninguém, to anestesiada e com pena de mim mesma.Desculpa, não serei mais sua bonequinha de pancada. Que se dane seus desejos, suas necessidades, sua dor. Vou pro lado de lá e não vou mais voltar.

"Eu estaria mentindo se dissesse que estou completamente ilesa
Você se sentiria diminuído se eu dissesse que seu amor não é suficiente?
Por que você me atrapalha? Por que você me anula?
Por que você me enerva? Por que você me enerva ainda?
Por que você me engatilha? Por que você me engatilha ainda?"

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Joy Division - Love Will Tear Us Apart (Video)



O Amor Vai Nos Separar
Quando a rotina corrói duramente
E as ambições são pequenas
E o ressentimento voa alto
Mas as emoções não crescerão
E vamos mudando nossos caminhos
Pegando estradas diferentes

Então, o amor, o amor vai nos separar, novamente
O amor, o amor vai nos separar, novamente

Por que o quarto está tão frio?
Você se virou para seu lado
Será que só chego na hora errada?
Nosso respeito se acaba rapidamente
Mas ainda há esta atração
Que mantivemos ao longo de nossas vidas

Mas o amor, o amor vai nos separar, novamente
O amor, o amor vai nos separar, novamente

Você chora em seu sono
Todos os meus fracassos expostos
E há um gosto em minha boca
Enquanto o desespero toma conta
Simplesmente algo tão bom
Simplesmente não pode funcionar mais

Mas o amor, o amor vai nos separar, novamente
O amor, o amor vai nos separar, novamente
O amor, o amor vai nos separar, novamente
O amor, o amor vai nos separar, novamente

"You look like... a perfect fit"

O amor deve ser aqueles sentimentos que são construídos as duras penas, com muita compreensão e liberdade. O que seria do amor sem a plena liberdade do outro? seriamos seres vazios cheios de recalques e tristezas. Sigo acreditando com o peito dilacerado e alma amostra nesse prazer estonteante da confiança e liberdade no amor. Seria eu uma mera boneca de argila sem minhas asas pra voar, ou sem minha voz pra expor o que sinto e penso sobre o mundo. Quero caminhar entre as ruas de braços dados com a felicidade estonteante e gritar aos céus o quanto é valioso pra mim ter um amor/compaixão pelas pessoas. Desprender minha alma das amarras do corpo e ser puro espirito.

Tempos de: pura introspecção, re-construção,amadurecimento,descobertas, tristezas,alegrias,projetos...

p.s: Para as pessoas que aperreio e me atendem na madrugada escutando minhas nóias...OBRIGADA por existirem em minha vida. Amo vocÊs.

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é pela tristeza que surgem as palavras mais belas e as rosas mais vermelhas e perfumadas pelas lágrimas!

...

“Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Fingi de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém….Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.”
- Caio Fernando de Abreu

para larinha :) amo você querida...obrigada por toda força do mundo que você me dar...AMO MUITO VOCÊ!

domingo, 14 de agosto de 2011

"Controlling my feelings for too long..."

Estou predestinada a pensar sobre mim constantemente, como isso fosse a coisa mais importante do mundo. Pergunto-me onde estariam os outros e seus desejos.Onde estaria as veias da terra se não fincadas na minha pura e insignificante natureza?Corro para tentar me proteger da morte final...será que existe dor ao desprender dessa jaula/corpo? Sinto a alma mais leve e prazerosa do que esse corpo e seus sentidos. Parar com essa introspecção...parar de pensar nas possíveis respostas para a verdade do mundo e me focar na realidade palpável. Essas impressões sensitivas atormentam minha alma...o sabor,o cheiro, a textura o som do mundo e seus seres entram dentro do meu "eu" deixando-me taciturna e sonolenta. O amor, é o amor o mais vão sentimento construído na conjunção das impressões sensitivas. Você sente o outro, cheira,morde,alimentasse de sua existência pelo seu respirar e o ama perdidamente pelo que ele apresenta a você. Nada é verdadeiro nesse badalar das horas...o coração vai se desmoronar e só sobrará os cacos da sua alma. Todos levarão um pouco de você e deixarão sentimentos que por vezes você não vai saber lidar...O amor,tenho tanto medo do amor. Eu queria amar e ter meu feliz pra sempre como toda menina da década de 90 que assistia a disney, lia romances e escutava sandy e júnior. Tenho a impressão que o amor obscurece e diferente do que me dizem não traz a felicidade total. Estou com medo,muito medo,muito medo.................

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"De tudo e de mim mesma..."

Amanhã preciso me concentrar pro meu relatório PIBIC...estou na fase mais legal de descrição do campo, mas dá uma canseira relembrar os fatos vividos e contrastar com os dados anotados :~ Tento correr da antropologia como diabo corre da cruz mas a etnografia me conquista porque nela é possível descobre um pouco do que eu sou a partir da alteridade. O outro sempre é uma esfinge a ser descoberto. É tão lindo se entender nos olhos de outrem, pelo carinho, pelo companheirismo e conversas exaltadas com pessoas tão recentes ,mas não menos importantes do que os velhos amigos. Como minha amiga Crisly um dia falou pra mim: "Às vezes os mais recentes(amigos) cumprem esse papel(dar apoio) melhor do que os antigos, porque ainda desconhecem muitos dos nossos defeitos. E saber o quanto somos importantes para as outras pessoas é algo que resulta e reflete no fato de querermos ser pessoas melhores para nós mesmos e para o mundo."
É isso...estou enrolando pra não começar a ler o texto de etnografia que tenho para amanhã...visitas MARAVILHOSAS de uns amigos do Maranhão em minha casa,me fizeram ficar cansada porque eu e meus pais corremos o dia todo pra proporcionar um simples mas agradável jantarzinho pra elas...efim...voltemos aos ESTUDOS!


Post...em homenagem a Crisly,André e Aida que fui visitar no SENAC segunda...Amo vcs criaturas LOUCAS!

domingo, 7 de agosto de 2011

Temporary Peace - Anneke Van Giersbergen e Danny Cavanagh - RJ - 06-06-10



"Bem no interior do silêncio
Olhando para o mar
As ondas estão batendo sobre
as memórias meio esquecidas

Bem no interior do momento
A risada flutua na brisa
subindo e caindo, caindo e morrendo dentro de mim
E eu juro que eu nunca soube como poderia ter sido
E todo esse tempo tudo o que eu tinha dentro de mim,
era tudo o que eu não conseguia ver
Eu juro que eu nunca soube
como poderia ter sido
Todas as ondas
estão cobrindo tudo o que dói dentro de mim

Além deste lindo horizonte
Existe um sonho para você e eu
Este cenário tranquilo
ainda não foi quebrado pelas
movimentações no céu
Mas há uma tempestade se aproximando
em vozes
chorando no vento
Esta serenata está esfriando,
e quebra minha alma
que tenta cantar
E há tantos, tantos
pensamentos
Quando eu tento ir dormir
Mas com você eu começo a sentir
um tipo de paz temporária
eu estou á deriva... eu estou á deriva"

"Meu coração...

pulsa de alegria..." by Anabelly Brederodes

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Vou levar, vou te levar, Pra onde for, vou te levar..."

Eu tento me agarrar as lembranças boas para que o gosto amargo das lágrimas de outro hora não venham invadir meu peito. Não consigo me desgarrar de todos os momentos sejam eles ruins ou felizes. Tenho a impressão que vou levá-los pelo resto da vida como marcas do passado que não saem da minha pele. Será sempre aquela cicatriz em carne viva a sangrar quando for conveniente me mostrar quem realmente sou. São tantas palavras malditas a ecoarem dentro de mim... Por que ainda preciso de aprovação pra ser feliz? Por que para ser feliz preciso do seu gesto de alegria? Deve ser esse destino cruel de criar relações com os seres e os amar com total esmero e ardor. Deus deve ter dito :"Vá lá garotinha...se dar por inteiro,sangrar e aprender com a pele em carne viva o quanto é difícil viver e principalmente sobreviver ao caos de si mesmo".
Como no livro, A insustentável leveza do ser, sempre na vida há o contraponto, na qual por um golpe do destino você encontra pessoas tão leves quanto um elefante e por segundos elas acalantam seu coração e trás novamente a paz perdida. O cheiro, o toque, o carinho fazem você esquecer do passado que te machuca e mostram a possibilidade de um presente com cheiro de rosas...essas apesar de terem espinhos não perderão o vermelho do amor, como sua beleza e harmonia...elas serão eternas...eternas como o sentimento que vai surgindo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"The best thing that you ever, ever had..."

Me sinto tão feliz...faz muito tempo que o sentimento de bem-estar não paira na minha cabeça e coração. As cicatrizes pararam de sangrar e não passam de meras feridas em carne viva...acho que me acostumei com a dor e as lembranças ligadas a elas. Viver a vida plenamente apesar dos obstáculos, sorrir e amar meu ser e os outros com total profundidade, fizeram com que a luz dentro de mim brilhasse com total esmero. Dias lindo ainda estão por vir,porque tenho pessoas que me amam mesmo eu sendo uma chata de galocha. Enfim...a ordem do dia é resguardar essa felicidade para os dias tenebrosos :)

Para acompanhar dias assim...RADIOHEAD!!!!!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"risos tão sinceros quanto o afeto que se criou!"



Chegar em uma cidade desconhecida ás 8 horas da manhã, sem conhecer ninguém me fez entrar em pânico logo quando embarquei em Curitiba. Eu não imaginava que os oito dias naquela cidade iam me proporcionar tanta alegria e satisfação que nenhum texto ou foto podem demonstrar. Foram pessoas tão incríveis e lindas que quando nos despedimos eu chorei um monte porque eu sei o quanto é difícil compartilhar sentimentos verdadeiros em um curto espaço de tempo e com toda intensidade e doação. Fiquei apaixonada pela cidade e sua estrutura perfeita, como pelo retração de seus habitantes tão acolhedores. Quero voltar para aquelas ruas largas, cheia de flores de mãos dadas com todas as lembranças,tãoooo liindas, que se instalaram no meu peito. Dias perfeitos,pessoas perfeitas...se não fosse a saudade angustiante das pessoas queridas daqui,ficava mais um monte por lá...

sábado, 16 de julho de 2011

Dores de amores

"Eu fico com essa dor
Ou essa dor tem que morrer
A dor que nos ensina
E a vontade de não ter
Sofrer de mais que tudo
Nós precisamos aprender
Eu grito e me solto
Eu preciso aprender
Curo esse rasgo ou ignoro qualquer ser
Sigo enganado ou enganando meu viver
Pois quando estou amando é parecido com sofrer
Eu morro de amores
Eu preciso aprender"

LUIZ MELODIA

**Hoje é dia de ver MINHAS MENINAS!!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

I'd pretend I had the perfect day

Desmanchar os sentimentos na água com açúcar e tentar acalmar os ânimos. Retornar ao lar negado por anos, relembrar o acolhimento dos pilares e das orações cristãs, como da melodia dos cantos gregorianos que embalavam minhas noites antes de dormir. Chorar aos litros com toda mágoa e esperança dentro do peito. O amanhã, creio eu, as nuvens negras vão se dissipar e irá surgir um arco-iris no meio dessa tempestade. Vou juntar os cacos espalhados do meu céu e irei construir algo diferente ao estabelecido anteriormente porque nesse momento o mundo não se constituía,apenas, de coisas "boas" e "más". Tudo se tornou um misto de emoções que não estariam nas dualidades maniqueístas porque os sentimentos dependem de cada sujeito e não na suposição arbitrária de "UMA" verdade estabelecida. Como em um dos ensaios na Genealogia da Moral de Nietzsche, toda moral ocidental é respaldado por um conjunto de interpretações e visões de mundo referentes a uma parcela da população e não da totalidade da humanidade. Com isso, a moral, como os sentimentos não possuem verdades ÚNICAS mas são um amontoado de opiniões e contradições, construídas pela DIFERENÇA de cada sujeito e seu contexto, não por uma realidade universal pressionada, como diz Nietzsche, " pelos bons HOMENS".

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"In my dreams I can see you"


Todo recesso(férias) vou na livraria cultura em uma tarde de sol e perambulo pelos corredores ao encontro de algum romance que me chame atenção. Sempre prefiro os livros mais secos os quais me colocam os pés no chão e me dizem o quanto são idiotas aqueles amores astronômicos e belos das minhas historinhas juvenis da coleção: Meu primeiro Amor. Era maravilhoso passar as tardes planejando como acabaria bem meus relacionamentos, independente dos problemas existentes no meio de caminho. Na verdade as aspirações de um amor pleno não se acabaram completamente porque sempre gosto de cultivar a meninice no meu peito. Gosto de sentir o vento em meus cabelos e andar pelas ruas da minha infância com o mesmo olhar explorador e desafiador. Cada caminho, cada avenida,como cada sentimento é algo novo que tento exaurir todas as sensações envolvidas no momento. Todo esse "nhem nhem nhem" é devido a minha escolha de hoje :) Comprei o livro de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, que depois de muita relutância interna acabei levando porque precisava de um romance açucarado para alegrar a vida e para retornar a acreditar em romances felizes!



P.S:Imagem do livro e editora que comprei, por sinal super em conta!