quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Speake for me"

Eu canto meus lamentos através da percepção silenciosa. Vou tateando minhas entranhas pra fazer uma sangria   das minhas paranoias existenciais. Procuro me conter nos acontecimentos presentes e no sentir do pulsar do meu coração resplandecendo coisas boas pra mim e para os outros. Tento me reinventar a  cada dia como se minha morte estivesse próxima...até que chego a conclusão...que eu morro a cada minuto, me transformo a cada segundo...Tenho medo do desconhecido de mim, da realidade por trás das máscaras do mundo. Como uma forma de protesto contra os "insensíveis", dou minha cara a tapa e sangro o quanto for preciso para demonstrar que posso alcançar a realidade a partir das minhas experiências subjetivas com meu eu e com o entorno. Calo minhas agonias de ser, porque se tornou clichê demonstrar ter profundidade de espírito. Você se torna a menininha desajustada e entediante...Pensando bem até que seria interessante ser enquadrada nesses arquétipos.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Está na hora de dar xau..."

Sabe aquele medo de se decepcionar com as pessoas? amigos?namorado?familiares? Nesses tempos por conta de algumas coisas eu revejo meus passos e sinto o quanto eu sou idiota por me importar tanto...vou mandar um fodasse pra essas mazelas e vou a praia amanhã  com os veio \o/

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"eu tenho pressa porque a dor pode voltar"

Existem circunstâncias em nossas vidas que nos encaminham para a retomada de nós mesmos. Tentamos apagar o passado como se ele não pertencesse ao presente de quem somos, mas na verdade ele está lá pra ser descoberto e entendido. Chafurdar o que fui está sendo essencial para trilhar novas metas e jogar no lixo um amontoado de sentimentos infantis. Contemplar o mundo dentro de si é aterrorizante e ao mesmo tempo gratificante porque no meio das trevas sempre há aqueles pontos luminosos que potencialmente podem se propagar dentro do seu ser. O silêncio naqueles instantes de introspecção se propaga e acalma toda agonia de ser. O vazio e esse silêncio se torna a realidade palpável dentro de mim...nada mais existe a não ser a ideia do não-eu. Minhas partículas  tentam se dissipar naquele universo de trevas e luz. Essa é a verdadeira realidade...essa que não poder ser sentida pela razão e mensurada através de aparatos conceituais mas sim tocada pela vulnerabilidade e incongruências do coração.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"O desejo, o desejo...o medo"

O que adianta chafurdar o passado incompleto, se nele só persistem as incongruências e um amontoado de mágoas? "As horas guardam algo nos espaços do contra tempo"...e vou me indo com o pesar no coração e mil quilos de medo nas costas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tarde de verão

Educamos nossas crianças não para a descoberta de si mesmas mas para a descoberta de si a partir da mediação com os objetos e as pessoas ao seu redor. Nunca o eu é enfocado. O interior se torna um borrão e passa a ser tão desconhecido quanto um estrangeiro em outro país. As experiências vão passando mas não conseguem exaurir a realidade presente a cada minuto que se vive. Ainda bem que tive minha avó e os livros. A primeira sentava comigo no quintal e me fazia perceber o quanto a lua, as estrelas e o ambiente em volta era componentes essenciais pra me tornar uma pessoa integra, pois eu só podia conhecer a mim se eu tivesse capacidade suficiente de sentir a efemeridade do mundo. O segundo me colocou no caos pois a cada palavra havia sentimentos desconhecidos e que passei aos poucos a me apropriar e sentir as coisas de acordo com minha experiência sinestésica com eles. Tenho pena das lindas crianças que poderiam cultivar pra sempre esses olhinhos infantis diante do mundo. Queria muito ainda possuir a ingenuidade de seus corações e andar pelo mundo com os poros abertos sem nenhuma dor ou ferida. Vou pro lado de lá, pegar na mão do meu doce priminho e ver MARIA FUJONA e JOÃO a voarem por ai...

"Canibais de nós mesmos,por que a gente é assim?"

Existem dias sem explicação...você só acorda e a felicidade está ali instalada no peito com todo aroma dos lírios do campo. A alegria não vem porque você achou o amor da sua vida, ou ganhou aquele presente esperado mas sim por ter encontrado no meio de suas entranhas um lugar tão bonito pra sobreviver. Insistimos em chafurdar nosso íntimo e torná-lo tão desprezível só pelo nosso bel prazer. Ah...não quero ser mais aquela a ter pena de si mesma....quero me embrenhar no meu caos e colher as rosas,flores,frutas,amores e até mesmo os dissabores e ser feliz.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Se despede da sua dor, diz adeus a sua alegria..."

Não esperava ter que beber todos os venenos e esquecer do meu orgulho em prol das minhas cicatrizes. Cortando as feridas da maneira sutil, como se a cada gota de sangue estivesse por destilar um aroma que brota da maturidade e como se a cada instante estivesse um mistério pela qual meu olhar patético e infantil nunca tenha me alertado. Sinto-me como um bicho ferido....como se minha confiança e "passionalidade" pelos seres me levassem a armadilhas que ferissem minha alma de uma forma extremamente dolorida. Preciso me desviar da pulsão descontrolada que acaba com meus dias e me transformam em algo irreconhecível. Medo do próximo minuto, medo da próxima decepção...!